Então não vou dizer!
A minha mãe, que toda gente sempre julgou ser minha irmã ou minha amiga, faz anos hoje. Tenho a sorte de ser filha de uma mãe jovem; com isso hei-de usufruir da sua companhia por muitos e muitos anos.
Entra hoje numa década que, não há muito tempo, dar-lhe-ia o ‘estatuto’ de velhinha, sentenciada ao facto de que a vida já tinha lhe dado o que tinha que dar. Nada mais errado: é uma mulher ativa, viajada, uma craque nas futeboladas com os netos e, acima de tudo, capaz de pôr tudo a mexer sem que dêmos conta.
Tem um jeito natural para as artes e é a pessoa mais arrumada e organizada que conheço.
Era a grande organizadora das minhas festas de aniversário. Todos os anos se esmerava em me dar e fazer coisas bonitas.
A minha mãe era a minha aliada na adolescência, pondo muitas vezes à sua responsabilidade as minhas saídas mais tardias.
Ficou feliz e preocupada nos meus partos e acredito que tenha sofrido horrores até alguém lhe dizer que estava tudo bem.
Já rimos, já chorámos, já brincámos, já brigámos, já fizemos tudo o que uma mãe e uma filha devem fazer!
Agora, para ti mãe:
Que tenhas um dia e um ano muito felizes e que festejes muito junto dos teus filhos, netos, marido, nora e genros, que sei que é o que te faz feliz: ter todos perto de ti. Que sejas sempre uma pessoa independente e capaz de pôr o coração e a razão a funcionar lado a lado. Muitos beijinhos e que venha daí a festa!
Mafalda
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