Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2017

Mafalda Freitas - Madeira Viva (Ep.8)

Na passada segunda feira estive no Madeira Viva na RTP Madeira a preparar duas sugestões de doces. Sou sempre bem recebida e se alguns nervos me apanham na ida do trabalho para a RTP tudo passa quando chego aos estúdio. As duas sugestões foram: Mousse de abóbora com biscoite de gengibre Salada de fruta assada com especiarias Para saberem as receitas vejam o vídeo . Alguns momentos extra: Sandra Ferreira - Produtora do Madeira Viva Sofia Relva Borges - Apresentadora do Madeira Viva.

Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher

No passado sábado, dia 25 de novembro, “celebrou-se” o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. A celebração, entre aspas, é porque não é um dia feliz. Não é um dia de festa. Pelo contrário é um dia que não devia existir pois é sinal de que as coias não vão bem. Ah está muito melhor! Já se fez muita coisa! Os dias são outros! Ok são sim! Mas muito ainda há por fazer. Falo de todos os dias celebrativos da sociedade: dia da irradicação da pobreza, dia da mulher, dia contra o racismo, dia contra a xenofobia, e por aí em diante. Voltando à eliminação da violência contra a Mulher é um assunto que me toca particularmente porque, primeiro sou mulher e depois porque estou a criar dois filhos homens. A parte mais visível desta catástrofe é a violência física. Aquela que deixa marcas no corpo e na alma. Uma atrocidade tão violenta que nem dá para colocar em palavras. Tira-me mesmo do sério. No entanto, a violência contra as mulheres nem sempre é visível. A ideia

Eu tenho um sonho

E não é um sonho desde pequena. É daqueles que vieram com a passagem para a fase do mercantilismo, ou seja, da vida adulta - pagar contas, ser responsável e outras cenas. Esse sonho confunde -se com uma ilusão, o que torna tudo mais poético ainda. Esse sonho/ilusão passa por achar que não vai dar para validar o cartão do parque de estacionamento porque... Por amor de Deus nem vai chegar a 5€. E chega e ultrapassa e vai mais além. Não há maneira de ir ao supermercado, mesmo que sejam só umas coisinhas, e não deixar lá pelo menos 30€. Caramba! Sou só eu? Muitas vezes a senhora da caixa pede- me para ver a factura para confirmar se gastei os 15€ pois nem da para fazer músculo o saquinho miserável que trago e que me suga o dinheiro. Ontem um senhor à minha frente com o carro cheio pagou 20€. Eu disse para mim mesma é hoje Mafalda é hoje. E não foi! O sonho ficou adiado para outro dia. Lá se foram 45€. E se querem saber a manhã já deve faltar mais alguma coisa e o sonho recome

Isto está cada vez mais sério!

E é tudo por culpa vossa. 😉😊😍 A verdade é que a força da empatia, o carinho que tenho da vossa parte a ajuda preciosa da Vera Dias Pinheiro - As viagens dos Vs tem contribuído para que torne esta minha paixão pela comida em algo mais estruturado de forma a vos poder dar (e receber) conteúdos mais organizados e mais fáceis de pesquisar. Assim sendo, nasce (mais um nascimento em tão pouco tempo - vou ficar flácida), a minha página "profissional" no Facebook:  https://www.facebook.com/mafabulouscook/ Eu não sabia mas por exemplo, se vocês partilhassem um conteúdo meu não chegava a quase ninguém por ser uma página pessoal. Coisas que vamos aprendendo e melhorando e ainda bem que assim é. Já sabem que agradeço todo o vosso retorno e claro se gostarem da página também ajuda 😄 Bem malta, acho que está mais ou menos tudo feito, por enquanto, e dentro das minhas limitações que não são para aqui chamadas. Usufruam que eu farei o mesmo. Mafalda

Saladas variadas

Tal como sou pessoa de apreciar sopa, sou pessoa de apreciar salada. Não as como só porque fazem bem. Gosto, mas gosto com algumas reservas, ou seja: - Não consigo comer salada em que os bocados de tomate sejam gigantescos; - Não consigo comer saladas que sejam uma folha de alface, por cima uma rodela de pepino que mais parece uma nave espacial e para terminar meio quilo de cenoura raspada; - Não consigo comer salada com cebola que não esteja bem fininha; - Não consigo comer salada em que as folhas de alface estão todas estragadas; - Não consigo comer salada de bufetes onde a colher do bacalhau com natas vem para o tomate, depois, com azar, ainda vai à mousse de chocolate. Então de que gosto? Gosto de saladas variadas e bem preparadas, dando a cada ingrediente um tratamento delicado. Lavando bem e secando as folhas, cortando os ingredientes de forma minuciosa para que quando se está a comer seja um prazer e não um exercício de abertura de boca no seu nível máximo. Comer

Dica: Como pelar o tomate

Dica da semana: como tirar a pele ao tomate. 1- fazer um golpe em cruz na parte oposta ao pedúnculo; 2- colocar numa panela com água a ferver durante 1 minuto; 3- retirar da água; 4- abrir a pele através dos golpes; 5- feito! Querem saber o que fiz com este tomate pelado? Ora pois bem, espreitem aqui: Gaspacho Ibérico Mafalda

Já fazia falta um docinho!

Fazia, não fazia? Eu acho que sim. Não sendo uma doceira de mão cheia e nem sequer uma grande apreciadora de doces, gosto de os fazer e também gosto de os comer. Sabem muito bem e complementam uma refeição com um toque de brilhantismo. Esta mousse de abóbora com especiarias e biscoito de gengibre é uma verdadeira tentação e na escala das calorias (que eu sei que vos preocupa tanto como a mim), não assusta nem nada que se pareça. Primeiro passo: fazer o puré de abóbora. Usei abóbora amarela e temperei-a com uma pitada de sal, um fio de azeite e uma quantidade generosa de noz-moscada. Assei no forno durante 40 minutos a 200 graus. Depois triturei a polpa até ficar num puré. Vou enumerar os ingredientes para ser mais fácil: - 1 embalagem de queijo mascarpone; - 1 embalagem de nata quark; - 1 colher de sopa de pasta de baunilha; - 5 colheres de sopa de puré de abóbora; -  raspa de um limão; - biscoitos de gengibre q.b.; - canela q.b.; - gengibre em pó q.b.; - agave q.

Picado ou Picadinho

É só escolher qual o nome que querem dar a este petisco típico da minha terra – a bela e formosa ilha da Madeira. Curiosamente os pratos típicos da região, tirando a Espada e o Atum, são à base de carne. Não somos produtores mas é uma presença na nossa gastronomia. Exemplo disso é a Espetada a Carne de Vinho e Alhos, o Picado e os deliciosos grelhados (sobretudo de galinha, costeletas de porco e bifes). O Picado é ideal para um jantar em família ou entre amigos. Numa travessa pequena, média ou grande, colocada no meio da mesa serve de mote para por a conversa em dia enquanto se “pica” à vontade. Os mais gulosos muitas vezes têm de levar com um “já chega” que isto é para todos. Hehehehe A receita típica varia sendo que a mais consensual é colocar no molho sopa de rabo de boi. Eu não o faço por questões de gosto pessoal. Como faço o meu picado: - Carne de vaca da boa e tenra cortada aos cubos temperada com sal, alho e louro; - Numa frigideira bem quente com um fio de azeite e

Salmão em papelote

Se há peixe consensual na minha casa o salmão é uma das preferências. Costumo tê-lo fresco mas a opção congelada é válida e de boa qualidade. É um peixe que deve ser consumido com moderação pois a sua procura excessiva fez com que os equilíbrios da natureza começassem a ficar esgotados, ou seja, fez com que este peixe fosse criado em cativeiro de forma pouco natural e a sua captura no modo selvagem fosse para além do razoável. Fica a minha opinião sobre o assunto. Mas vamos ao salmão em papelote: Num tabuleiro de ir ao forno coloquem uma folha de alumínio. Disponham os lombos de salmão e temperem com sal, orégãos frescos, azeite, limão, mel, cebola e gengibre fresco cortado aos bocadinhos. Fechar o papelote e deixar no forno a 200° entre 15 a 20 minutos. Acompanhem à vossa maneira. Parece-vos bem? A mim sim e é dos pratos recorrentes cá de casa. Mafalda

Batata-doce assada

Já todos sabemos os benefícios para a saúde desta menina: - Facilita o aumento de massa muscular porque dá energia necessária para quem pratica exercício físico; - Ajuda a controlar a diabetes porque tem baixo índice glicémico; - Ajuda a emagrecer pois diminui o apetite (não estou a falar de 5 batatas doces de seguida); - Fortalece o sistema imunológico porque tem uma boa quantidade de vitamina A; - Melhora o funcionamento do intestino, porque é bastante rica em fibras. Isto tudo muito resumidamente claro. O qua ainda a torna melhor, no meu entender, é que é uma delícia e acima de tudo porque alia o fazer bem ao saber bem. É sempre esta a minha tónica, vamos nos alimentar bem mas sem castigo. As variantes de que mais gosto é a batata-doce cenoura e a batata-doce vermelha. Existem muitas outras e a roxa ainda não tive a oportunidade de experimentar mas tenho muita curiosidade. Asso-as no forno por 1 hora a 200º. E como as preparo? - Lavo-as bem e passo uma esponja n

O Natal daqui e d´acolá - Workshop de culinária

Novidades fresquinhas. A não perder, workshop de culinária "O Natal daqui e d'acolá" Dinamizado por mim! Inscrições até ao dia 30 de novembro limitadas a 12 pessoas Inscrições: mafaldafreitas@gmail.com O Natal é a época do ano em que as pessoas mais se reúnem à volta da mesa, para comer e sobretudo partilhar. Nesta aula, vamos aprender a organizar, a planear e a apresentar uma refeição de três pratos, cada um com sua própria alma, todos imbuídos do mesmo espírito. Na mesa estarão ingredientes dos vários cantos do mundo, mas com lugar privilegiado para os da época da nossa região. Será um momento de comunhão, finalizado com a degustação da comida preparada com ingredientes da Bioforma, acompanhada pelo vinho da Bacalhôa. Facebook/ Mafalda Freitas Instagram/maf_freitas_ 2 de dezembro | 11h30 - 13h30 Museu de Electricidade - Casa da Luz | Funchal

Quando se junta a fome com a vontade de comer… dá banquete pela certa!

E quanto se junta o gosto de cozinhar com o gosto de agradar os comensais, o banquete é elevado a refeição e festa! Na minha casa, dia feliz é aquele em que faço hambúrguer para o almoço ou jantar. Recebo tantos elogios e juras de melhor mãe do mundo, que quase me fazem perder a noção que são apenas incentivos para me esmerar na preparação. Eu também gosto muito de hambúrguer e prefiro a versão no pão do que a do prato. É mais teatral e a combinação de todos os sabores numa só dentada fazem-me apreciá-lo ainda mais. Não tendo nada contra os hambúrgueres do super ou mesmo os mais abrangentes das cadeias de comida rápida, prefiro fazê-los em casa, sabendo o que levam e, acima de tudo, adaptando-os ao gosto de cada um. Aqui a receita rígida, ou melhor, a igual para todos, é a própria carne. Tudo o mais passa pela criação, gosto pessoal e combinações que podem ser improváveis, mas que resultam na perfeição para quem as faz e, principalmente, quem as come. Como diz a Cátia Goarmo

Bacalhau à Lagarteiro

Que é uma mistura de lagareiro com lagarto, ou para os mais ligados à “bola”, um prato que poderia ser confecionado na Academia do Sporting Clube de Portugal sem que ninguém achasse bizarro. Mas não, este foi feito por mim, na minha cozinha, e diverti-me tanto ao fazê-lo porque já estava a pensar no título desta edição do “já prá mesa”. Tudo começou com bacalhau e batatas, a base fundamental deste tão típico prato português. Antigamente, o bacalhau era confecionado nos fornos dos lagares de azeite, pela época do azeite novo – finais de outubro. A preparação do bacalhau nos lagares, quando a quantidade de azeite produzida correspondia às expetativas dos produtores, extrapolava o que servia de um simples teste e adquiria rituais de festa, de celebração. Com a chegada da batata trazida do novo mundo, estes dois ingredientes uniram-se num casamento perfeito. Dizem os bons palatos que já lá vão uns 400 anos e nunca discutiram. Voltando ao prato, que é o que nos interessa, come

Entrevista à Revista Açúcar - 11 de março de 2017

Susana Figueiredo - De onde vem o seu gosto pela cozinha? Já me contou que foi porque gosta de comer :) Mafalda Freitas- Eu adoro comer! É a mais pura da verdade, mas acima de tudo gosto de comer bem. Comer bem para mim significa comida bem feita, saborosa, com bons ingredientes, que nos faça brilhar os olhos e soltar um sorriso logo na primeira garfada. O gosto pela cozinha surge porque muitas vezes o que comia não me satisfazia, na minha família não existe grande tradição culinária. Foi um processo inconsciente associado ao: não gostas… faz! S.F.- Como e quando começou a cozinhar mais a sério? M. F. - Não sei bem precisar a idade mas logo que consegui manusear as facas e ligar o fogão (a gás e com fósforos) sem que isso fosse um perigo para a minha segurança, foi-me dada, automaticamente, liberdade para começar a tratar das refeições lá de casa. Teria talvez uns 13 anos. A minha irmã era pequena, o meu irmão não gostava/a de cozinhar, a minha mãe estava na faculdade e o meu

Fazer mais com menos!

Desde que a crise económica e financeira se instalou no mundo, em geral, e na nossa vida, em particular, que esta expressão ganhou vida. Ouvimo-la todos os dias em diferentes contextos e, no mundo do trabalho, parece que nos persegue. No entanto, o que vos quero trazer é uma abordagem diferente. Na cozinha (como em tudo) podemos – sim – fazer mais com menos, sem que isso seja uma tragédia ou algo negativo. Mas vamos começar pela abundância até chegarmos ao “fazer mais com menos”. O verão é uma época de abastança. As frutas e os vegetais chegam à sua fase madura nesta estação do ano. Temo-los na sua plenitude de sabor e de nutrientes. Esta fartura faz com que, muitas vezes, não consigamos consumir as quantidades necessárias para que não se estraguem. E sabem uma coisa? Custa-me horrores deitar comida fora! Para além das várias formas de conserva, como o congelamento e a desidratação, por exemplo, as compotas e os doces são uma forma rápida, saborosa e económica de conservar a fruta