Tal como a sardinha está para o Santo António, a maçaroca está para o São João. Aqui na Madeira come-se atum salpresado com feijão, pimpinelas (chuchu), batatas e, claro, a maçaroca. Tirando o atum, que é cozido à parte – e a maçaroca também devia ser (e depois vão perceber porquê) –, todos os outros ingredientes são cozinhados com casca e servidos assim mesmo.
A ceia é comida na véspera do dia 24, logo, amanhã é dia de festejar o São João. Este ano será na casa dos meus pais!
Mas quero-vos falar da maçaroca ou milho doce ou milho amarelo. Aqui na ilha é mais tradicional a maçaroca branca ou o milho branco, mas vou ser sincera, não gosto tanto: é mais seco e tem menos sabor (na minha opinião).
Nesta altura do ano a maçaroca está no ponto e nem imaginam como é fácil cozinhá-la!
Vamos por partes:
Quando compramos a maçaroca é importante ver se os grãos estão amarelos e viçosos. Ao abrir um pouco as folhas consegue-se perceber se estão boas.
Não comprem se os grãos estiverem murchos e as barbas escuras. Gosto de comprar maçarocas médias. Vejam a imagem!
A sua preparação é simples: retirem as folhas verdes e depois limpem bem as barbas (fios que estão agarrados à maçaroca). Se tiver a ponta seca retirem-na tal como o troço. Sai facilmente com a ajuda de uma faca.
A sua confeção é ainda mais simples: coloquem a maçaroca partida ao meio num tacho com água fria e sal grosso. Convém que fique coberta pela água.
Deixem levantar fervura e quando isso acontecer deixem cozinhar por quatro minutos, sempre com a panela destapada. Não é preciso mais tempo.
Retirem da água e está pronta a ser comida (cuidado para não se queimarem).
Nesta fase podem acrescentar manteiga, orégãos, paprica fumada ou o que vos parecer bem.
Eu gosto delas simples. Sabem-me mesmo bem!
Se tiverem um braseiro aceso e quiserem dar-lhe um toque fumado basta colocá-las na brasa e esperar que fiquem tostadinhas.
Fica aqui a minha sugestão para o vosso São João!
Espero que gostem e que vos seja útil.
Mafalda
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