Desde que a crise económica e financeira se instalou no mundo, em geral, e na nossa vida, em particular, que esta expressão ganhou vida. Ouvimo-la todos os dias em diferentes contextos e, no mundo do trabalho, parece que nos persegue. No entanto, o que vos quero trazer é uma abordagem diferente. Na cozinha (como em tudo) podemos – sim – fazer mais com menos, sem que isso seja uma tragédia ou algo negativo. Mas vamos começar pela abundância até chegarmos ao “fazer mais com menos”.
O verão é uma época de abastança. As frutas e os vegetais chegam à sua fase madura nesta estação do ano. Temo-los na sua plenitude de sabor e de nutrientes. Esta fartura faz com que, muitas vezes, não consigamos consumir as quantidades necessárias para que não se estraguem. E sabem uma coisa? Custa-me horrores deitar comida fora! Para além das várias formas de conserva, como o congelamento e a desidratação, por exemplo, as compotas e os doces são uma forma rápida, saborosa e económica de conservar a fruta.
Por isso, e porque estão boas, docinhas e a bom preço, resolvi fazer uma compota de ameixas com canela e lima. Para isso, precisam de 1kg de ameixas, 750gr de açúcar mascavado ou de demerara (são mais saudáveis), 250 ml de água, dois paus de canela e casca de uma lima (usei o pelador).
Primeiro lavem bem as ameixas, tirem-lhes o caroço e depois partam-nas ao meio ou em quartos, se forem muito grandes. Coloquem numa panela com a água, os paus de canela, a casca da lima e o açúcar. Em lume médio, mexam até o açúcar se dissolver. Depois é deixar cozinhar até que engrosse. Demorou-me uns 40 minutos. As cascas da ameixa foram-se soltando e, com um garfo, foi fácil tirá-las (opcional). Não saiam de perto do fogão; uma mexedela regular ajuda a que tudo fique bem unido.
Uma forma de ver se a compota está na consistência certa, é tirar um bocadinho para um recipiente e passar uma colher no meio. Se ficar uma linha sem se juntar (ponto de estrada), é que já pronta. Coloquem em frascos fervidos e bem secos, deixem arrefecer, tapem e conservem no frigorífico.
E o mais com menos? É pra já. Para além de requerer apenas quatro ingredientes (não conto com a água), esta compota pode ser usada em tostas, em bolachas, a acompanhar queijo, carnes assadas, temperos de salada, entre tantas outras coisas. Eu aproveitei-a numa sangria de espumante. Então, para uma garrafa de espumante, coloquem sete colheres de sopa do doce num recipiente, juntamente com algumas agulhas de alecrim e um bocadinho do espumante. Triturem bem com a varinha mágica. Este preparado deve ser passado pelo coador. Façam-no já para o jarro onde vão servir a sangria.
Juntem o restante espumante, acrescentem gelo, mexam bem e aproveitem esta bebida dos deuses. Usem a compota que tiverem, as ervas que gostarem, o vosso espumante preferido e…
já para mesa, varanda ou para o jardim que o tempo está bom!
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